(A idéia do título devo a
Kézia Wiezel, da ABU Mackenzie, que nos mostrou, na ocasião do IPL 2012, um
vídeo quando fizeram uma vigília com esse tema).
Você tem orado, jovem cristão
universitário, pelo seu país? Uma pergunta pertinente, importante para reflexão
e motivadora a uma ação. Contudo, não falo de nosso belíssimo país Brasil –
pelo qual, também, devemos orar constantemente; mas, refiro-me ao seu país, que
se tornou tal para ti no ano em que você recebeu a autorização, naturalização,
para entrar, viver, morar nele. País, que se tornou seu, não por nascimento,
mas como diriam alguns: por mérito. Teu país, jovem cristão universitário, é a
universidade. Tens orado por ela?
Toda universidade traz, naturalmente,
em si, uma diversidade. Toda universidade é um país. Mas, como assim, um país?
Vejamos bem.
A universidade é um país. Suas
fronteiras estatais é o campus. Sua nação, os universitários. “E quanto à
administração que todo país tem?” Sua administração, sua Brasília, a reitoria. “E
os estados?” Seus estados, os setores e departamento. Cada um com seus
estereótipos, linguagem, cultura, comidas típicas (com restaurantes
especializados), usos e costumes.
O pessoal do Estado Setor IV,
sempre com as calculadoras prontas a calcular. O que dizer do Estado Setor II,
com as muitas xerox, livros, textos, discursos, idéias? E o Estado Setor I,
parece mais Babel, mas, sempre bem administrado e advogado. Estado III, com suas
ciências Geos. Sem mencionar os Estados departamentos, os sempre brancos
habitantes de enfermagem, fisioterapia e medicina. E os suados educadores
físicos.
Cada estado com sua
administração. Os governadores, professores (coordenadores); os prefeitos, o
DCE. E os eleitores? Todo habitante do estado.
Esse país universidade, com
suas vias e infra-estrutura de transporte, às vezes, quase sempre, deficitários;
parece mais latas de sardinhas, mas circulam por todo o país.
Seus habitantes. Ah, os
habitantes. Esses são os que fazem esse país. Sem eles nada seria ou haveria. O
país existe em função deles. “Como se chama alguém que é desse país
universidade?” Universitário! Diferentes entre si. São muitos. Há quem diga que
eles não constituem um povo. Mas, são. Cada um com sua farda, seu brasão. Mas, a
maioria com o mesmo objetivo: mudar seu mundo, seu vida, conquistar uma
profissão.
Mas, você, jovem cristão
universitário. Você não. Seu objetivo vai além. Sua função vem de sua eterna
nação. Pois, você entra lá para fazer diferente, para servir gente, o nome do seu
Rei proclamar e de quebra, com esmero, um Canudo vai ganhar.
Por isso pergunto. Você tem
orado por seu país? Você faz parte dele. Ele depende de você. Não o usufrua
como quem usa um objeto. Ame-o, pois o país é a universidade, e a universidade
são seus habitantes, seus habitantes, os estudantes: as pessoas.
Oremos por nossos países que
carecem de nossas orações.
Christopher Vicente, Presidente
da ABU Natal.