sexta-feira, 20 de abril de 2012

Eu estou orando pelo meu país?


(A idéia do título devo a Kézia Wiezel, da ABU Mackenzie, que nos mostrou, na ocasião do IPL 2012, um vídeo quando fizeram uma vigília com esse tema).

Você tem orado, jovem cristão universitário, pelo seu país? Uma pergunta pertinente, importante para reflexão e motivadora a uma ação. Contudo, não falo de nosso belíssimo país Brasil – pelo qual, também, devemos orar constantemente; mas, refiro-me ao seu país, que se tornou tal para ti no ano em que você recebeu a autorização, naturalização, para entrar, viver, morar nele. País, que se tornou seu, não por nascimento, mas como diriam alguns: por mérito. Teu país, jovem cristão universitário, é a universidade. Tens orado por ela?

Toda universidade traz, naturalmente, em si, uma diversidade. Toda universidade é um país. Mas, como assim, um país? Vejamos bem.

A universidade é um país. Suas fronteiras estatais é o campus. Sua nação, os universitários. “E quanto à administração que todo país tem?” Sua administração, sua Brasília, a reitoria. “E os estados?” Seus estados, os setores e departamento. Cada um com seus estereótipos, linguagem, cultura, comidas típicas (com restaurantes especializados), usos e costumes.

O pessoal do Estado Setor IV, sempre com as calculadoras prontas a calcular. O que dizer do Estado Setor II, com as muitas xerox, livros, textos, discursos, idéias? E o Estado Setor I, parece mais Babel, mas, sempre bem administrado e advogado. Estado III, com suas ciências Geos. Sem mencionar os Estados departamentos, os sempre brancos habitantes de enfermagem, fisioterapia e medicina. E os suados educadores físicos.

Cada estado com sua administração. Os governadores, professores (coordenadores); os prefeitos, o DCE. E os eleitores? Todo habitante do estado.

Esse país universidade, com suas vias e infra-estrutura de transporte, às vezes, quase sempre, deficitários; parece mais latas de sardinhas, mas circulam por todo o país.

Seus habitantes. Ah, os habitantes. Esses são os que fazem esse país. Sem eles nada seria ou haveria. O país existe em função deles. “Como se chama alguém que é desse país universidade?” Universitário! Diferentes entre si. São muitos. Há quem diga que eles não constituem um povo. Mas, são. Cada um com sua farda, seu brasão. Mas, a maioria com o mesmo objetivo: mudar seu mundo, seu vida, conquistar uma profissão.

Mas, você, jovem cristão universitário. Você não. Seu objetivo vai além. Sua função vem de sua eterna nação. Pois, você entra lá para fazer diferente, para servir gente, o nome do seu Rei proclamar e de quebra, com esmero, um Canudo vai ganhar.

Por isso pergunto. Você tem orado por seu país? Você faz parte dele. Ele depende de você. Não o usufrua como quem usa um objeto. Ame-o, pois o país é a universidade, e a universidade são seus habitantes, seus habitantes, os estudantes: as pessoas.

Oremos por nossos países que carecem de nossas orações.

Christopher Vicente, Presidente da ABU Natal.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Conselho Regional 2012 (Fotos)


Aee!
As fotos do CR 2012 saíram! Algumas delas estão na nossa página do facebook, e as da câmera de Jônatas (o "fotógrafo oficial" :) ) estão no álbum de fotos do picasa.

Foi muito edificante conhecer novas pessoas e estar em comunhão com todos de lá. Ficamos satisfeitos com o evento e esperamos que nos próximos possamos superar expectativas!

Agora a ABU Natal se prepara para o TIFS, o Treinamento Intensivo de Final de Semana. É o treinamento no qual há a preparação para dirigir um núcleo, com oficinas de como montar um núcleo e como fazer EBIs.
Após todos os detalhes acertados divulgaremos a data de inscrição e a data do TIFS, juntamente com todas as outras informações do evento.

A Paz!

sábado, 7 de abril de 2012

Conselho Regional 2012.1

Natal está sendo sede do Conselho Regional da ABU! O evento, que ocorre uma vez ao ano, "é um momento em que cada região da ABUB se reúne para discutir e planejar suas práticas missionárias locais e regionais, além de avaliar e organizar sua estrutura regional". Cada grupo base - ou seja, "a ABU de cada estado" - se faz presente no Conselho a partir de representantes e delegados, estes, com direito a voto.

É um evento importante e interessante pelo fato de reunir várias pessoas de vários locais diferentes em prol de um objetivo: fortalecer o movimento a partir da análise e reorganização de suas estruturas. É uma ótima oportunidade para conhecer e compartilhar vivências com outros abeuenses, tanto vitórias como dificuldades; além de conhecer mais como a ABU funciona e é estruturada.

O evento também conta com os Grupos de Trabalho, chamados "GTs". São oficinas à tarde que dispõe dos temas:

  • Planejamento estratégico;
  • Secretaria e Mordomia;
  • Tesouraria;
  • Comunicação;
  • Assessoria.

Vale ressaltar que o evento não é apenas para abeuenses. Também é destinado para membros da Aliança Bíblica Secundarista (ABS), o movimento estudantil do ensino médio, e para a Aliança Bíblica Profissional (ABP).

O evento está ocorrendo desde a quinta-feira 05/04 até o domingo 08/04. As atividades começam desde as 8h30 até as 21h30, tendo horários diferentes na quinta (dia da chegada), no sábado (penúltimo dia, no qual a noite é livre) e o domingo (o último dia).

Posteriormente serão postadas as fotos tiradas durante o evento!


Fonte: http://www.abub.org.br/regiao/leste/eventos/2012/04/conselho-regional-20121

domingo, 1 de abril de 2012

Uma reflexão sobre missão

Missão.  Quando se menciona o termo no meio cristão evangélico, liga-se logo a idéia restrita – que analisaremos a sua veracidade – de missão transculturais. Fazer missão, na mente de alguns, é simplesmente e, tão somente, ir para outro continente, país, ou floresta e falar de Cristo, passar fome pela ‘missão’ e se necessário morrer por ela. Isso também é missão, mas não é a definição. Mas, de onde surgiu essa idéia, ou pelo menos essa concepção? Se ela existe é porque tem alguma origem.

A palavra missão na raiz dela significa envio. Corretamente, pode-se dizer que Cristo, na chamada Grande Comissão, aos seus discípulos, lhes envia, lhes delega uma missão “indo e fazendo discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes tudo o que lhes ordenei.” (Mt 24.19-20) Esse conceito de missão – ir a outro lugar, outro continente, outra nação – solidificou-se, e restringiu-se como conceito único, nos séculos XV e XVI, no período, considerado pela historiografia, do colonialismo pelas potências européias. “Os jesuítas foram os primeiros a usar esse termo missão para descrever a difusão da fé cristã entre as pessoas (inclusive protestantes) que não eram membros da igreja romanista.” – Diz Ramachandra, em a Mensagem da Missão. E por este contexto de colonização e exploração, tornou-se um sentido desagradável atrelado a dominação e imposição cultural.

Bom, fiz toda essa introdução para chegar a outro conceito de missão: a missão aqui, agora, integral, contínua. Esquecemo-nos do outro lado – igualmente missão. Aqui, poderia enumerar diversas formas; verdadeira, simples e pura. Mas, meu objetivo nesse momento é chegar uma reflexão sobre a “Missão Estudantil”.

Jesus convocou homens comuns, delegou uma ‘grande’ missão a eles que, antes dEle chegar, só sabiam pescar, coletar impostos, fazer brigas e motins políticos; e agora vão dedicar suas vidas a essa missão, chegando ao ponto de “derramá-las como oferta”, literalmente morrer.

Jesus continua, hoje, chamando e convocando a todos aqueles que agora são novos homens imitadores do novo Adão, são cidadãos celestes. Nós, estudantes, alcançados pela Graça incondicional de Cristo, também somos esses novos cidadãos, também somos convocados a essa missão.

Entendendo que isso é nossa obrigação, como Paulo bem ressalta: “Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho! Porque, se prego de livre vontade, tenho recompensa; contudo, como prego por obrigação, estou simplesmente cumprindo uma incumbência a mim confiada.” (1 Co 9.16-17)... e Nosso privilégio... Então, não temos o direito ou opção de permanecermos parados e inertes frente ao desafio e a obrigação. É nossa responsabilidade.

Nosso campo: a universidade ou escola; nosso objetivo no curso: proclamar o Reino e de quebra ganhar um diploma. Missão estudantil não é brincadeira de criança, não é perda de tempo de um bando de estudantes que não têm o que fazer e ficam inventando trabalho para complicar a vida. Cristo é Senhor em todas as áreas da vida humana, inclusive a acadêmica. Redamos a Ele e reconheçamos esse senhorio. Estudante alcançando estudante. Pois, quem melhor do que o cristão estudante, que tem livre acesso a universidade e a escola, conhece o contexto e passa pelos mesmos dilemas, para falar de Cristo ao seu amigo estudante.

Cristo é nossa mensagem. E não pensemos que por ser responsabilidade nossa o pregar que é nosso o fardo ou o resultado. Não. A missão quer seja ela qual for, é primeiramente uma atividade e interesse de Deus. É Deus buscando reconciliar-se consigo, por meio de Cristo, o mundo. Ele é o Senhor da missão e o executor, por meio de nós, dela. Essa é a Missio Dei.



Christopher Vicente
Presidente da Aliança Bíblica Universitária de Natal
Abub.org.br